Avaliação do uso de extratos de antocianinas obtidos a partir de uvas Isabel como indicadores de pH

Carla Fabiana da Silva, Vantuir Wellington Cupertino Freitas, Natanna Chris Gomes de Arruda, Elaiane Karine da Silva Barbosa, Mirela Ribeiro Embirassú de Arruda, Glória Maria Vinhas

Resumo


Algumas substâncias provenientes de fontes naturais, encontradas em flores, frutos e legumes, podem atuar como indicadores de pH, tal como a fenolftaleína e o azul de bromotimol. Entre estas substâncias, estão as antocianinas. São compostos fenólicos com a peculiaridade de apresentar diferentes cores de acordo com o pH. As uvas, em particular a espécie Vitis labrusca (uva Isabel) possuem altos teores de antocianinas. Neste estudo foram extraídas antocianinas de uva Isabel, por três métodos (decocção, Soxhlet e ultrassom). Foram determinados o rendimento médio e a cinética de degradação de cada extrato a partir das leituras de suas absorbâncias em espectrofotômetro de absorção UV-vis. Avaliou-se também o uso destes extratos como indicadores ácido-base em soluções de pH 1, 4, 5, 7, 10, 11 e 14. A extração por Soxhlet foi a que apresentou o maior rendimento médio. Pela cinética foram obtidos coeficientes de degradação de 0,033, 0,044 e 0,048 dia-1 para os extratos por decocção, Soxhlet e ultrassom, respectivamente, e o tempo de meia-vida foi de aproximadamente 14 dias. Nas soluções tampão foram adicionadas duas gotas de cada extrato e observou-se colorações que variaram do rosa, em pH ácido, até o amarelo, em pH básico. Através deste estudo verificou-se que é possível extrair antocianinas de uvas Isabel e que seus extratos desempenharam de maneira eficiente a função de indicadores de pH.

Palavras-chave


Cinética;Métodos de extração;Espectrocospia UV-vis

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DOI: 10.3895/rbta.v13n2.9085

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