Avaliação do uso de extratos de antocianinas obtidos a partir de uvas Isabel como indicadores de pH
Resumo
Algumas substâncias provenientes de fontes naturais, encontradas em flores, frutos e legumes, podem atuar como indicadores de pH, tal como a fenolftaleína e o azul de bromotimol. Entre estas substâncias, estão as antocianinas. São compostos fenólicos com a peculiaridade de apresentar diferentes cores de acordo com o pH. As uvas, em particular a espécie Vitis labrusca (uva Isabel) possuem altos teores de antocianinas. Neste estudo foram extraídas antocianinas de uva Isabel, por três métodos (decocção, Soxhlet e ultrassom). Foram determinados o rendimento médio e a cinética de degradação de cada extrato a partir das leituras de suas absorbâncias em espectrofotômetro de absorção UV-vis. Avaliou-se também o uso destes extratos como indicadores ácido-base em soluções de pH 1, 4, 5, 7, 10, 11 e 14. A extração por Soxhlet foi a que apresentou o maior rendimento médio. Pela cinética foram obtidos coeficientes de degradação de 0,033, 0,044 e 0,048 dia-1 para os extratos por decocção, Soxhlet e ultrassom, respectivamente, e o tempo de meia-vida foi de aproximadamente 14 dias. Nas soluções tampão foram adicionadas duas gotas de cada extrato e observou-se colorações que variaram do rosa, em pH ácido, até o amarelo, em pH básico. Através deste estudo verificou-se que é possível extrair antocianinas de uvas Isabel e que seus extratos desempenharam de maneira eficiente a função de indicadores de pH.
Palavras-chave
Cinética;Métodos de extração;Espectrocospia UV-vis
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PDFDOI: 10.3895/rbta.v13n2.9085
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