O estrangeiro na prisão: o absurdo herói de Albert Camus no ventre da baleia de Joseph Campbell. Possibilidade ou inexorabilidade? Frye explica
Resumo
Com o presente trabalho, almejo proceder à leitura de O Estrangeiro (1972), de Albert Camus, a partir da premissa de que a obra, além de servir para a exposição e defesa do Absurdismo – teoria filosófica erigida pelo autor (CARPEAUX, 2012) -, oferece-nos, em seu protagonista Sr. Mersault, a perspectiva cabal do herói irônico retratado por Northrop Frye (1973). Outrossim, o personagem principal, com sua existência disparatada e dada como que em paralelo às dos demais, fornece os elementos para a concepção de que sua prisão corresponde ao “ventre da baleia” descrito por Joseph Campbell (1997). Desse modo, entre a certeza de que a vida é, com efeito, despropositada, e a esperança de que isso não passa de uma visão canhestra de alguém absolutamente indiferente e desinteressado, engendro uma possível ideia de interatividade imaginada por Camus, delineando, como ápice, uma devolutiva do leitor para o haver ou não sentido em nossas vidas.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rl.v25n46.12814
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