Caracterização físico-química e sensorial de vinhos espumantes elaborados com uvas da espécie Vitis rotundifolia

Angelica Bender, Andre Luiz Kulkamp de Souza, Vinicius Caliari, Edson Luiz de Souza

Resumo


As uvas Vitis rotundifolia possuem aroma e sabor bastante característicos e tem despertado interesse dos produtores pois apresentam grande potencial para produção orgânica devido à resistência à maioria das pragas e doenças da videira, além dos atributos medicinais, nutricionais e terapêuticos devido aos níveis de antioxidantes presentes nas bagas, demonstrando uma alternativa para diversificação da cadeia produtiva da uva e do vinho. O objetivo deste estudo foi avaliar as características físico-químicas e sensoriais de espumantes produzidos a partir de uvas Vitis rotundifolia utilizando o método tradicional com adição de diferentes formulações de licor de expedição. O experimento foi realizado na Epagri-Videira com uvas de vinhedo implantado em 2002. As variedades avaliadas foram ‘Regale’ e ‘Noble’, de acordo com os tratamentos: T1- Testemunha (próprio espumante); T2- 20g  L-1 de açúcar; T3- 20 g L-1 de açúcar+ suco de amora preta; T4- 20 g L-1  de açúcar + suco da própria variedade (‘Regale’/ ‘Noble’); T5- 20 g L-1 de açúcar+ 0,2 g L-1 de ácido cítrico, quanto a composição físico-química e sensorial. Os maiores valores de acidez total foram nos vinhos espumantes do T5, para ambas as variedades. Os espumantes de ‘Noble’ apresentaram maior teor alcoólico em relação a ‘Regale’. Nos aspectos físico-químicos, os espumantes elaborados com uvas V. rotundifolia apresentaram diferentes teores de açúcares totais culminando em diferentes classificações. Sensorialmente os espumantes de ‘Regale’ se destacaram em relação aos de ‘Noble’ para a persistência de espuma. Em relação à avaliação global os espumantes de ‘Noble’ obtiveram maior aceitação por parte dos avaliadores, independente da composição do licor de expedição. Os espumantes obtidos a partir de ‘Noble’ receberam melhor avaliação global.


Palavras-chave


Muscadínea; Qualidade; Aceitação

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DOI: 10.3895/rbta.v16n1.15218

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