A segurança de alimentos no contexto do idoso
Resumo
A maior expectativa de vida da população somada às mudanças dos hábitos alimentares colabora para o aumento da incidência das doenças crônicas, e as modificações decorrentes do processo de envelhecimento resultam em alterações fisiológicas, tornando essa faixa da população mais susceptível às doenças transmitidas por alimentos – DTA. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento do consumidor no que diz respeito à segurança dos alimentos nos lares de idosos. Foi realizado um estudo descritivo, de caráter exploratório (aplicação de questionário), com 62 frequentadores habituais (92% mulheres e 8% homens) de uma rede varejista de hortifrutigranjeiros localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. O critério utilizado foi amostragem de conveniência. De acordo com os dados coletados, observou-se que a principal responsável pelo preparo de refeições era a empregada doméstica (55%). As doenças mais frequentes nos idosos foram hipertensão (42,4%), doenças cardiovasculares (30,3%), seguidos de diabetes (18,2%) e câncer (9,1%), caracterizando o perfil de vulnerabilidade às DTA. Os resultados demonstram o desconhecimento dos consumidores no tocante às suas responsabilidades na segurança de alimentos. Observaram-se práticas inadequadas em relação à conservação dos alimentos em temperaturas de refrigeração e congelamento. Quarenta e dois por cento dos consumidores afirmaram descongelar alimentos à temperatura ambiente. Outras práticas relatadas pelos consumidores demonstraram a possibilidade de contaminação cruzada no ambiente doméstico. É necessário informar sobre as práticas preventivas com recursos e métodos apropriados para auxiliar os idosos a relacionar as falhas de segurança alimentar cometidas nas cozinhas de suas residências por eles próprios ou terceiros.
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PDFDOI: 10.3895/S1981-36862014000200004
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