A polarização dos corpos desejantes
Resumo
O presente artigo resulta do interesse na investigação sobre as relações de poder associadas à subjetividade dos corpos. Para tanto, desenvolveu-se uma análise com base no filme Meninos não Choram sob a direção de Kimberly Pierce, obra artística que contribui para o processo de questionamento de discursos que tendem à manutenção de hierarquias socialmente construídas e manifestadas em diferentes formas de opressão contra o feminino. Ainda que seja alvo de discriminação, de exclusão, de evasão escolar, esta temática permanece à margem das discussões no ambiente escolar. Considera-se que ao contrariar normas e regras que transitam pela via dos discursos, tal como Brandon/Tenna, protagonista do referido filme, muitos estudantes também desestabilizam limites de fronteira entre o masculino/ feminino. Assim, o filme analisado é um estímulo à reflexão sobre as identificações consideradas arbitrárias acerca da heteronormatividade e sobre a urgente necessidade de estratégias políticas e pedagógicas comprometidas com novas abordagens sobre os processos socioculturais envolvidos na construção das identidades.
Palavras-chave
Educação; Arte; Identificações.
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PDFDOI: 10.3895/cgt.v6n21/22.6121
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