Ninguém fala dela(s), mas eu falo: alguns episódios ocorridos na vida de uma artesã de Florianópolis SC
Resumo
Este artigo tem por procedimento metodológico a utilização da entrevista narrativa biográfica como estratégia para reconstrução e interpretação à respeito da participação de uma mulher de camadas populares de Florianópolis-SC, na produção de cultura material artesanal – em especial a modelagem de cerâmica folclórica. Tal reconstrução tem por propósito localizar no tempo e no espaço os diferentes lugares ocupados por esta artesã, suas práticas, interações sociais e estratégias políticas de participação em espaços tradicionalmente pensados como masculinos, ademais de sua visão sobre a participação de outras mulheres nessa indústria, e como referências para a construção de seu self. Com isso, pretendo problematizar os aportes dos estudos culturais sobre a criação de significados e conseqüentemente de realidades subalternas que tentam dar conta deste campo específico da (re)produção da cultura popular. Neste artigo utilizarei alguns trechos da entrevista com uma artesã (nominada D. Maricota), realizada em setembro de 2006, como parte do trabalho de campo para minha investigação de doutorado sobre as narrativas de modernizar-se.
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PDFDOI: 10.3895/rts.v4n7.2523
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