Maximizando potenciais agrícolas com nanotecnologia: aplicações e benefícios

Resumo

O uso de nanomateriais para uma agricultura de precisão visa à substituição dos produtos convencionais, por serem sustentáveis e mais eficientes em menores doses de aplicação, tornando-se uma estratégia promissora para enfrentar as consequências advindas do aumento populacional previsto em mais de 25% até 2050. Esta previsão exige maior produtividade agrícola, o que implica maior uso de recursos naturais e maior aplicação de agroquímicos. Este cenário, com uso de produtos convencionais, aumenta o risco de contaminação ambiental, que somado à contínua mudança climática pressupõe risco de extinção de algumas espécies vegetais, inclusive de importância farmacológica. Os nanomateriais são aplicados como: nanofertilizantes, que em razão do seu tamanho extremamente reduzido e sua maior superfície de contato permitem melhor distribuição e absorção; nanoveículos de substâncias complexas ou sensíveis à degradação pela exposição a fatores ambientais, como calor e luminosidade, permitindo entrega sustentada, reduzindo perdas e acúmulo no meio ambiente; Elicitação de compostos bioativos provocada pela propriedade fotocatalítica que alguns nanomateriais apresentam. Esses compostos estão intimamente ligados à tolerância das plantas ao estresse e à germinação de sementes, e são os responsáveis pela potencialidade farmacológica que algumas plantas apresentam, mas que não são amplamente produzidos por elas. Portanto um recurso muito valioso, inclusive para o cultivo de plantas medicinais, que em razão dos benefícios naturais e da baixa toxicidade que apresentam, ganharam maior popularidade nos últimos anos. Assim, esta revisão narrativa explora as atuais aplicações e benefícios dos nanomateriais na agricultura, com ênfase em plantas medicinais.