POLÍTICA DE LÍNGUAS E HISTORICIDADE: NOTAS SOBRE UM (DES)ACORDO

Rejane Arce Vargas

Resumo


Propomos aqui uma reflexão em torno da problemática desencadeada pelo Acordo Ortográfico que passou a vigorar em janeiro de 2009 no tocante a algumas implicações político-linguísticas oriundas desse documento, levando em conta, especialmente, o modo como este passa a difundir um discurso sobre a língua, fundamentado no ideal de unificação (ortográfica). Para tanto, analisamos sequências discursivas do texto do Acordo, além de exemplares de discurso relativos à questão, veiculados na mídia. Essas sequências discursivas são submetidas a um olhar pautado na Análise de Discurso de orientação francesa e desenvolvida amplamente no Brasil por Orlandi, relativamente aos conceitos de historicidade e à tríade constituição-formulação-circulação (Orlandi, 2005). A análise do corpus nos encaminha para compreensão de que, a despeito da profusão de novos modos de circulação da linguagem, saberes legitimados sobre a língua sempre retornam, trazendo à cena cotidiana a contradição própria do político que constitui o real.

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DOI: 10.3895/rl.v12n12.2365

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