A riqueza simbólica do candomblé nas artes visuais brasileiras: o caso de Rubem Valentim
Resumo
Este escrito busca pensar sobre a riqueza simbólica e cultural que os negros escravizados trouxeram de África para o Brasil e que resiste e toma força na religião do candomblé. Uma multiplicidade de povos negros africanos foi forçada a vir para o Brasil e tais povos ainda podem ser identificados em nossa sociedade atual. Influenciando as mais diversas áreas culturais brasileiras, a população negra contribuiu de forma significativa para a constituição do que vem a ser atualmente o Brasil. Trazidos de diferentes lugares do continente africano, os negros escravizados trouxeram consigo uma forte memória histórica e cultural. Trouxeram, também, suas crenças religiosas e seus orixás. Neste texto, tomaremos como caso de estudo a arte do artista plástico baiano Rubem Valentim (Salvador, 1922 - São Paulo, 1991), importante utilizador dos signos do candomblé para compor seus trabalhos visuais de arte abstrata. Valentim criou uma verdadeira linguagem estética própria de utilização dos signos do candomblé em seus trabalgos. Esta pesquisa tem cunho analítico-qualitativo e busca suas bases em uma bibliografia nas áreas da antropologia e das artes. Os resultados deste trabalho mostram a fundamental relevância do candomblé na formação cultural brasileira e sua inserção nas mais variadas áreas de saberes e fazeres, assim como o fez nas artes plásticas e, em especial nas obras de Rubem Valentim, que foi extremamente influenciado pelo candomblé. Além disto, este texto pode auxiliar na divulgação da arte afro-brasileira abstrata, deixando conhecer não somente a arte visual do artista Rubem Valentim, mas instigando outras buscas em relação às artes e o candomblé.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rl.v22n38.12876
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