v. 3, n. 3 (2007)

DOI: 10.3895/S1808-044820070003

Incumbido de escrever o editorial do presente número da Revista Gestão Industrial - RGI, na condição de um dos editores, optei por falar sobre o processo de avaliação do periódico. Não se trata de nada original. A opção já foi adotada por editores de periódicos de diversas áreas, até mesmo na Engenharia de Produção, com a Revista Gestão & Produção - G&P.
Em relação ao processo de avaliação, cabe destacar que, em linhas gerais, o procedimento adotado é idêntico à maioria dos periódicos consolidados da área. O fluxo do processo é o seguinte: os artigos são previamente examinados pelos editores e, posteriormente, pelo Conselho Consultivo; verificada a pertinência e conformidade de um artigo, o mesmo é encaminhado para o Conselho Científico, observando o procedimento do duplo-cego (double-blind review); no caso de pareceres divergentes para um mesmo artigo, este é encaminhado para um terceiro consultor. São priorizados, sempre, artigos originais.
Em linhas gerais, os problemas encontrados nos artigos submetidos à RGI são os mesmos apontados por Roberto A. Martins, editor da G&P. Para o editor,
Muitos manuscritos são recusados pelos referees por sintomaticamente apresentarem problemas como: falta de objetivo claro; muita ênfase na revisão bibliográfica e pouca na contribuição do trabalho, ou vice-versa; método de pesquisa não detalhado ou incoerente com o objetivo e/ou conclusão do manuscrito; e falta de clareza na construção do referencial teórico. Além disso, nestes anos como editor, tenho visto vários manuscritos, originados de dissertações e teses, serem rejeitados principalmente porque a atividade de copy and paste, de forma geral, não permite transformar uma boa dissertação ou tese num manuscrito de qualidade idêntica ou superior. (MARTINS, 2004)

Um acréscimo poderia ser feito aos motivos explicitados para a recusa de artigos: a qualidade do referencial teórico. Esta constatação foi evidenciada por Alda Judith Alves-Mazzotti (2002), apoiada em um conjunto de autores avalistas da produção do conhecimento no Brasil, que, em parte, o fato se deve à utilização exclusiva de livros na composição de referencial teórico, os quais refletem tardiamente o estado de conhecimento de uma área.
Feito o intróito, gostaria de colocar que a idéia deste editorial não é levantar os problemas encontrados nos artigos submetidos. Pretendo, pautado na experiência adquirida como editor, referee e professor da disciplina de metodologia da pesquisa, tanto em nível de graduação como de pós, propor uma espécie de check-list para a (auto-)avaliação de artigos científicos. Os aspectos elencados são extraídos da literatura que orienta a elaboração de artigos. A idéia é que o instrumento seja uma ferramenta, norteadora de aspectos relevantes da qualidade política e formal que um artigo deve apresentar, voltada, principalmente, para jovens pesquisadores que redigem seus primeiros relatórios de pesquisa. Na seqüência, o instrumento proposto.

Professor Luiz Alberto Pilatti

Sumário

Artigos Originais

Dálcio Roberto dos Reis, Rodrigo Vinícius Sartori
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José Alexandre Moreno, José Alcides Gobbo Junior, Vagner Cavenaghi
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Alexandre Reis Graeml, Marie Anne Macadar, João Mário Csillag
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Marcio Cardoso Machado, Nilton Nunes Toledo, Sergio Gozzi
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Giuliano Marodin, Tarcísio Abreu Saurin
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Maico Jeferson de Oliveira, Kazuo Hatakeyama
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Tiago Oliveira, Marcelo Weishaupt Proni
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Mário Domingues Ferreira, Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas
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Marco Antonio Bettine de Almeida, Gustavo Luis Gutierrez
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Marcelo M. Soares, Germannya D’Garcia de Araújo Silva, Débora T. F. Ramos, Glenda G. Cabral, Juliana Leal da Cruz
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Leonardo Ensslin, Sandra Rolim Ensslin, William Barbosa Vianna
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Eloiza Aparecida Silva Ávila de Matos, Ademir Gebara
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