A midiatização do mito: sobre perdas e ganhos das (re)produções culturais

Bruno Garcia Vinhola

Resumo


O presente artigo tem por objetivo a problematização do potencial mitogênico de duas (re)produções midiático-culturais: o livro Ilíada, de Homero (2003), e o filme Troia, de Wolfgang Petersen (2004). Norteado pelas noções de imaginário como sistema organizador de imagens (BARROS, 2014) e mito como narrativa de caráter sagrado (ELIADE, 1994), o artigo propõe um exercício de leitura simbólica e comparativa das duas obras, ancorado em dois eixos de análise: a sobrevivência do mito em meio às contínuas reconfigurações culturais e seu tensionamento quando atravessado pelas limitações interacionais dos dispositivos midiáticos. Ao final do texto, conclui-se que o processo de desmitificação, em virtude da desvalorização do sagrado, é crescente nas reatualizações e derivações do mito em novas mídias, mas também é inerente a qualquer apropriação cultural/midiática (gnóstica ou não) que se afaste da experiência simbólica dos ritos.

Palavras-chave


imaginário; mito; sagrado; Ilíada; Troia

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DOI: 10.3895/rde.v10n17.11001

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