Tornar-se e pertencer: processos de generificação na engenharia

Wendy Faulkner

Resumo


O conceito de "generificação das culturas ocupacionais" pode ajudar a explicar as desigualdades de gênero e a segregação de gênero no trabalho - além dos fatores estruturais óbvios e extensamente reconhecidos. Isto permite que examinemos os fatores mais sutis e profundos que contribuem para fazer com que uma ocupação como a engenharia seja mais atrativa, confortável e suportável aos homens do que ás mulheres. Dois fenômenos sociais são chaves para entender como as culturas ocupacionais são produzidas e generificadas: o complexo processo de socialização pelo qual as pessoas se tornam membros de uma comunidade ocupacional, e os vários marcadores pelos quais eles são compreendidos "para pertencer", como um "verdadeiro" engenheiro. O artigo explora ambos os fenômenos , com base em dados de entrevistas realizadas com mulheres engenheiras e com homens engenheiros na Escócia. Os dados destacam as várias maneiras pelas quais se tornar e pertencer pode ser generificado, em particular: a presunção de habilidades manuais, a invisibilidade de engenheiras-mulheres como engenheiras, a cultura social informal, e o código masculino do trabalho da engenharia (seja 'técnico' ou gerencial). Sobretudo, parece que as engenheiras têm mais propensão para perder a confiança e precisam esforçar-se mais do que os homens para conquistar a sociedade e serem reconhecidas ··como engenheiras". O artigo conclui que estas questões são menos signifi cativas entre os engenheiros-homens pela simples razão de que a engenharia é uma escolha mais autêntica para eles do que para mulheres. As implicações para as políticas que pretendem recrutar e reter mais mulheres na engenharia são exploradas.

Palavras-chave


Relações de gênero; Engenheiras; Processos de generificação; Culturas ocupacionais.

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DOI: 10.3895/cgt.v3n10.6161

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