O direito à informação e comunicação das crianças ameaçado no Brasil: “temas sensíveis” em tempos de neo-conservadorismo
Resumo
Este artigo objetiva apresentar e discutir dois estudos de caso em torno dos direitos das crianças - onde são destacadas as questões de gênero e sexualidade - e o papel fundamental das mídias nesse contexto formativo, num momento de ascensão do ultraconservadorismo no Brasil. Consideradas as especificidades desses estudos cartográficos, foram enfatizados como principais resultados, a partir das contribuições centrais de J. Butler, G. Louro, F. Guattari, M. Foucault e M. Sarmento: 1) a potencialidade das crianças quanto à ressignificação das questões afeitas à diferença (com destaque à parentalidade), 2) manifestações infantis e produções midiáticas que ratificam estereótipos de gênero, 3) no processo atual de regulação das práticas e saberes infantis, observa-se um importante empobrecimento simbólico no processo educativo e na participação política e cidadã das crianças, além dos 4) impactos negativos profundos da formação ultraconservadora sobre a democracia brasileira.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: 10.3895/cgt.v14n44.11691
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2021 CC-BY-NC
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial 4.0 Internacional.