Diferenciação entre plântulas de sementes poliembriônicas de jabuticabeira

Demétrios Maroli, Moeses Andrigo Danner

Resumo


A jabuticabeira possui sementes poliembriônicas que dão origem a mais de uma planta. O objetivo deste trabalho foi verificar se a diferença morfológica entre plântulas de mesma semente pode se tornar marcador morfológico para diferenciá-las. Para o experimento foram coletados frutos de jabuticabeira localizada em Clevelândia-PR em 2015. Utilizou-se cinquenta caixas plásticas gerbox contendo papel filtro, incluídas quatro sementes por caixa e armazenadas em estufas incubadoras tipo B.O.D. à temperatura de 25ºC e fotoperíodo de doze horas diárias. A cada cinco dias foram avaliados o número de sementes germinadas, plântulas e raízes emitidas de cada semente, registrando suas mudanças morfológicas até sessenta dias após semeadura. Aos seis dias da instalação do experimento houve a primeira avaliação, onde 72,5% das sementes germinadas emitiram mais de uma raiz. Observou-se a divisão dos poliembriões e a emissão da primeira radícula de cor branca, que conforme se desenvolve, torna-se de tom creme. Em seguida, surge a parte aérea em tom roxo avermelhado, a qual se torna verde claro e após liberar seu primeiro par de folhas, verde escuro. Quando germinaram múltiplas plântulas de mesma semente, a primeira raiz liberada cresce mais rápido, emite pelos radiculares até os sessenta dias da semeadura, apresenta maior crescimento, caule mais espesso e ramificações antes da liberação das primeiras folhas quando comparada às raízes subsequentes. Conclui-se que para que a diferença no crescimento de duas ou mais plântulas de mesma semente poliembriônica seja utilizada como marcador morfológico, é necessário avaliar maior número de sementes por maior período de tempo.

Palavras-chave


Marcador morfológico, poliembriões

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