Estádio de coleta e sacarose na germinação in vitro de grãos de pólen de Uvaieira

Karina Guollo, Américo Wagner Júnior, Alexandre Hack Porto, Carlos Kosera Neto, Giorgia Fabiani Lucini, Lucas Silva Oliveira

Resumo


Dentre as fruteiras nativas, a uvaieira (Eugenia Pyriformis C.) é espécie promissora para mercados ávidos por novidade ou cujo cunho exploratório envolva alimentos funcionais. Contudo, estudos iniciais devem ser desenvolvidos para programas de melhoramento genético ou para o entendimento da biologia floral facilitando a domesticação. O objetivo foi avaliar a germinação de grãos de pólen de uvaieira, em função do estádio de coleta e do meio de cultura utilizado. Ensaio foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal, da UTFPR - Câmpus Dois Vizinhos. Foram coletados balões em pré e pós antese, sendo que para coleta dos grãos de pólen durante pós antese os ramos foram mantidos em esponja fenólica umedecida, em ambiente protegido (laboratório) até completar a antese. Após remoção das anteras, estas foram desidratadas em câmara de sílica (±25°C) por 72 horas para liberação dos grãos de pólen. Para composição do meio de cultura, foram utilizados sacarose nas concentrações (0, 5, 10, 20 e 30%) e ágar (1%). O pólen foi aspergido sobre o meio de cultura sobre lâminas, os quais permaneceram em caixas gerbox® contendo papel umedecido, nos quais foram incubadas em estufa B.O.D. (25°C) durante 24 horas. Foi adotado DIC com 8 repetições. A germinação foi avaliada em microscópio binocular. Não houve germinação de pólen nas concentrações de sacarose, podendo estar relacionado com o tempo de desidratação do mesmo, pois o pólen da espécie pode apresentar comportamento recalcitrante. Assim, recomenda-se para trabalhos futuros que a desidratação seja fator de estudo e diferentes componentes no meio de cultura.

Palavras-chave


Eugenia pyriformes Camb.; Myrtaceae; fruteira nativa

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