Ocorrência e danos de besouro desfolhador em feijoa
Resumo
A Feijoa (Acca sellowiana) ou Goiabeira-serrana é nativa dos planaltos do Sul do Brasil, mas a maior produção e comercialização se dão na Colômbia e Nova Zelândia. No Brasil, já foram lançadas quatro cultivares. No pomar de teste de progênies de melhoramento, implantado recentemente na área experimental da UTFPR Câmpus Pato Branco, estão sendo verificados os aspectos de produção e sendo monitoradas doenças e pragas que podem se tornar problemas em futuros pomares comerciais na região. O objetivo deste estudo foi quantificar os danos do besouro desfolhador em Feijoa. O pomar foi implantado em 2011, em espaçamento de 3,0 X 2,0 m, o início da produção de frutos foi em 2014. Na safra 2016, foi detetado um besouro de cor verde metálico causando desfolhação intensa. Os adultos foram coletados, montados e identificados como Paralauca dives Germar, 1824 (Coleóptera: Chrysomelidae). O principal dano causado pelo besouro foi em folhas (tanto tenras quanto mais velhas) de Feijoa, causando perfurações. O comportamento do inseto é alimentação durante as primeiras horas do dia. Foi montada uma escala diagramática de danos por herbivoría, com oito notas de percentual de consumo (redução da área foliar) em folhas da Feijoa (0%, 5%, 10%, 15%, 20%, 30%, 40%, 50%). Houve muitas folhas com valores próximos de 50% de consumo da área foliar pelo besouro Paralauca dives. Devido à elevada intensidade de desfolha, a qual pode prejudicar o crescimento e produção de feijoa, é necessário testar o controle do inseto com bioinseticidas, pois não há inseticidas registrados para feijoa.
Palavras-chave
Acca sellowiana, Paralauca dives, desfolha.
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