Cenário da produção de maçã no município de Palmas-PR entre os anos de 1990 e 2017

Dayana Jéssica Eckert, Eduarda Kalena Kirsch de Ramos, Maria Gabriela Kirsch de Ramos, Gustavo Frosi, Natasha Akemi Hamada, Carolina Hoppen

Resumo


A pomicultura iniciou no município de Palmas na década de 80. Embora ainda seja o maior produtor de maçã do Paraná, nota-se decréscimo acentuado da área cultivada e do número de produtores envolvidos na atividade, nos últimos anos. Objetivou-se neste trabalho caracterizar o sistema produtivo de maçã no município de Palmas PR, entre 1990 e 2017. Para o estudo de caso foram analisados dados oriundos de pesquisa bibliográfica e disponibilizados pela SEAB/ DERAL, sendo: área plantada (hectares), produção (toneladas), produtividade (ton/ha), número de produtores e cultivares plantadas. Em relação à área plantada observa-se acréscimo até o ano de 2005, tendo o munícipio chegado a 1080 ha cultivados. De 2005 até 2017 houve uma redução de 63% da área plantada, existindo atualmente 396 ha cultivados com a cultura. Essa redução de área foi acompanhada pela diminuição do número de produtores inseridos na atividade, que em 1990 era de 65 e em 2017 restringe-se a 21 (redução de 68%). O desestímulo observado com a atividade é decorrente de vários fatores como alto custo de produção, classificação e armazenagem da fruta; escassez de mão de obra qualificada; expansão da cultura da soja no município; bem como a insuficiência de políticas públicas voltadas para o setor. A importância das variáveis climáticas (horas acumuladas de frio, precipitação, entre outros) e do correto manejo da cultura, é refletida na alternância de produtividade observada ao longo dos anos. As cultivares Gala e Fuji, juntamente com seus clones, representam aproximadamente 96% da produção do município.

Palavras-chave


Histórico, Cadeia produtiva, Malus spp.

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