Biofilme na conservação pós-colheita de amora-preta
Resumo
A amoreira-preta (Rubus brasiliensis) é espécie arbustiva de porte ereto ou rasteiro que produz frutas agregadas de coloração negra, sabor ácido a doce-ácido quando madura, tornando-a apreciada pela população. Tais frutos apresentam vida útil curta, devido a sua estrutura frágil, alto metabolismo e ocorrência de doenças, exigindo, portanto, cuidados durante sua pós-colheita. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de diferentes tipos de biofilme na conservação pós-colheita de amora-preta mantida em temperatura ambiente. O experimento foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Dois Vizinhos, com amoras-pretas obtidas de plantas cultivadas na referida instituição. As frutas maturas, foram selecionadas e padronizadas de acordo com tamanho, coloração e descartadas aquelas com injúrias. As mesmas foram higienizadas com hipoclorito de sódio (1%) por 15 minutos. Os tratamentos foram aplicados por meio do revestimento dos frutos com os seguintes biofilmes: biofilme de fécula de mandioca (5%), de fécula de amido (5%) e de fécula de batata (5%). Os frutos foram mantidos em bandejas de isopor envoltas em filme PVC, em condição de ambiente natural. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições de 30 frutos por unidade experimental. Foram avaliados aspectos visuais referentes ao murchamento e contaminação fúngica, massa da matéria fresca inicial e final durante armazenamento. Após 3 dias de armazenamento, constatou-se considerável perda de massa em todos os tratamentos e incidência de podridões, desqualificando a fruta para comercialização. O uso dos biofilmes não permitiu conservar as amoras pretas durante pós-colheita.
Palavras-chave
armazenamento; fécula de amido; fécula de mandioca.
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