FUNGOS NEMATÓFAGOS NO CONTROLE BIOLÓGICO DA VERMINOSE EM REBANHO OVINO NO NORTE DO PARANÁ

Ana Paula de Jesus, Jean Renato Sanchez, Maísa Santiago Selingardi, Petrônio Pinheiro Porto, Luciane Holsback Silveira Fertonani

Resumo


Objetivou-se neste estudo analisar o efeito anti-helmíntico de fungos nematófagos administrados por via oral em 28 ovinos da Fazenda Escola da UENP. Formaram-se dois grupos experimentais: G1, 14 animais tratados com fungos nematófagos e G2, 14 animais do grupo controle, não tratados. Realizou-se contagem de ovos de nematódeos nas fezes (OPG) pela Técnica de Gordon e Whitlock modificada, coprocultura pela Técnica de Roberts e O´Sulivan e hemograma, antes ao tratamento e 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias depois. Observou-se diminuição muito significativa (p0,001) no OPG dos animais do grupo que recebeu os fungos nematófagos (G1) a partir de 90 dias. Ao final das avaliações (dia 180) a média do OPG do G1 foi significativamente menor (p=0,041) do que G2. O gênero de nematódeo mais observado foi Haemonchus (63%), seguido por Cooperia (23%) e Trichostrongylus (15%). Observou-se uma Redução na Contagem de Ovos nas Fezes (RCOF) dos ovinos, aos 180 dias, de 96,4%. No G1 os valores absolutos de hemácias e leucócitos tiveram significativo aumento aos 60 e 90 dias respectivamente. Não houve alterações hematológicas significativas no grupo controle. Concluiu-se neste estudo que a utilização dos fungos nematófagos pode ser um excelente método biológico de controle parasitário.


Palavras-chave


bioterapia, helmintoses, ovos por grama

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