Análise de Investimentos em Ações: Considerações Sobre o Mercado Eficiente, a Análise Fundamentalista e as Finanças Comportamentais.

Claudio Antonio Rojo, Almir Ferreira de Sousa, Osni Hoss

Resumo


Um fato que intriga os estudiosos e motiva os investidores voltados para análise de valor é o exemplo de sucesso de Warren Buffett. Seus investimentos alcançaram destaque no cenário de investimentos, ultrapassando limites difíceis
de serem transpostos. O objetivo do artigo é levantar quadro teórico de referência sobre análise gráfica, análise fundamentalista e a influência do comportamento
na decisão de investimento, usando o método de comparação. O sucesso de Buffett atrai a atenção de professores de finanças e estudiosos de todo o mundo, que buscam explicar como pode ser apenas um acidente estatístico. Tomando como ponto de partida as suas análises de suas oportunidades de compor carteira de investimentos, o preço comparado ao valor de liquidação de cada ação, diversos dos investidores que, assim como Buffett, seguiram os ensinamentos de Graham, foram certeiros nos resultados de seus investimentos. Apoiados na Teoria do Mercado
Eficiente do Professor Fama, muitos acadêmicos não reconhecem o talento de Graham e Buffett em obterem desempenho acima do mercado em termos de ganhos em seus investimentos. Para eles a longa série trata-se apenas de um acidente estatístico, mas os seguidores dos fundamentos de Graham não pensam assim, e acreditam que o resultado que todos esperam, é o que eles já alcançam
há anos, que é ganhar dinheiro. Apesar de se apoiar na estatística, na lógica matemática e nos gráficos que representam o histórico de preços de comercialização
das ações, o fato é que o futuro não pode ser previsto com certeza absoluta, mas pode ser apenas estimado. Muitos estudos surgiram e continuarão surgindo para
tentar explicar os movimentos dos preços e, então, tentar tirar proveito das oportunidades, mas outro componente parece ter tanta influência quanto os números:
o comportamento humano. Refletido na grande diversidade de interpretações que uma pessoa pode ter, o aspecto decisório se molda desde a infância e traça padrões ainda mais imprevisíveis. Investir é aceitar riscos que trazem ansiedade e
aspirações que impactam o processo decisorial de investimentos. O cérebro que está sob tensão, ansiedade, raiva e outros sentimentos negativos, acaba por se
expor aos efeitos das descargas elétricas na forma de uma estática neural. Essa interferência reduz a capacidade de agir com racionalidade, sendo que a capacidade do lobo pré-frontal de manter a memória funcional ativa tende a ser prejudicada. Seja qual for o método racional de análise de investimento em ações, o componente que determina a decisão acaba sendo de cunho emocional. Dentre os resultados obtidos com pesquisa alguns levaram a conclusões como a de que se pode enfatizar seja pela análise gráfica, pela análise fundamentalista ou pelo mercado eficiente, a emoção que envolve o investimento sempre estará presente
e influenciando o investidor no momento de sua tomada de decisão. Independente da preferência do investidor pelo método de análise de ações ele deve estar sempre preparado, técnica e emocionalmente, para analisar seus investimentos.

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