Tecnocracia, tecnologia e democratização: a formação do engenheiro-cidadão como condição de possibilidade da construção de um outro mundo possível

Cristiano Cordeiro Cruz

Resumo


A formação superior em engenharia costuma ocupar-se basicamente de disciplinas do corpo técnico, desconsiderando, ou não assumindo de forma orgânica e integrada, uma formação que poderia ser chamada de cidadã. Tal opção parece se fundamentar em um duplo equívoco: de que a atuação profissional do/a engenheiro/a não demanda sensibilidade aos valores sociais em que ela se dá; e de que o desenvolvimento tecnológico é neutro, não sendo afetado por quaisquer valores não técnicos. Ao fazer isso, os cursos de engenharia concorrem para a formação de quadros técnicos que, no geral, tenderão a atuar na manutenção ou aprofundamento do quadro atual de gestão tecnocrático-capitalista da vida social. Urge, assim, incorporar novos componentes na formação em engenharia. Isso talvez possa ser conseguido com introdução tanto da reflexão histórica, sociológica e filosófica sobre a técnica nos currículos, quanto de estágios de vivência e/ou inserção obrigatórios.

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DOI: 10.3895/rts.v11n22.3140

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