Nanotecnologia em mídias: utopias e distopias

Clecí Körbes , Noela Invernizzi

Resumo


Esse artigo examina a abordagem de nanotecnologia em mídias que respondem a interesses e valores de grupos sociais diferentes. Utiliza-se a metodologia de análise de conteúdo com base nos fundamentos dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia. Analisam-se as seções de ciência do telejornal Bom Dia Brasil e do jornal Folha de S. Paulo no período de 2008 a 2010, e uma amostra não aleatória de 20% das entrevistas do programa Nanotecnologia do Avesso, no período de 2009 a 2010. Observou-se que as definições de nanotecnologia variam entre os meios, dependendo de quem as produz e das circunstâncias que levam à sua promulgação e estabilização. No Bom Dia Brasil e na Folha de S. Paulo sobressaem expectativas de que as propriedades e funcionalidades da matéria em nanoescala redundem em benefícios, reproduzindo visões lineares de ciência e tecnologia. No Nanotecnologia do Avesso são proeminentes visões distópicas e a demanda pela aplicação do princípio de precaução e regulação obrigatória.

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DOI: 10.3895/rts.v10n19.2652

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