Capitalismo, mercado de trabalho e distribuição de riqueza

João Bosco Laudares

Resumo


Este artigo objetiva discutir mercado de trabalho e emprego na sociedade capitalista brasileira, tendo como base o desenvolvimento societal com o crescimento populacional urbano pela expansão da industrialização e a partir de políticas públicas geradas no final do séc. XX e, início do séc. XXI, nas suas dimensões neoliberais cultural, política e econômica. Com o acirramento de desregulamentações e flexibilização do Direito do Trabalho e considerando o desemprego não só conjuntural, mas também estrutural, intensifica-se o debate do final do emprego formal, com crescente exclusão social e aumento da pobreza, devido á concentração de renda e aumento da carga tributária. A prevalência do capital financeiro especulativo, em detrimento do capital produtivo, impede o crescimento do trabalho e emprego na produção de riqueza e erradicação da pobreza, assim ficando reduzida a população inserida no mundo do trabalho. O primado do trabalho e do emprego é ameaçado por três parâmetros: tecnológico, organizacional e mercadológico, perpassando por eles a variável da globalização, com hegemonia cultural e política do capitalismo neo-liberal, após a derrocada do socialismo real. Assim, a população que constitui o “exército ativo”, na análise marxista, diminui com o conseqüente aumento do “exército de reserva”, configurando-se o desemprego como um parâmetro permanente na economia, especialmente, depois da década de 70, do século passado com o fim do Estado de Bem Estar Social e da era do pleno emprego. Desta forma será discutida a expansão capitalista, e a impossibilidade da distribuição de riqueza no capitalismo.

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DOI: 10.3895/rts.v6n11.2563

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