O biscateiro flutuante: a saga de um inventivo e “isolado” construtor de artefatos na cidade do Rio de Janeiro
Resumo
O presente artigo, através da história da construção de uma casa flutuante, erguida pelo “biscateiro” Luiz Fernando Barreto de Queiroz Bispo, entre a favela da Maré (comunidade periférica do Rio de Janeiro) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolve uma reflexão acerca de saberes populares e científicos, tangenciando a questão da interação entre universidades brasileiras e populações vizinhas, em especial aquelas ditas marginalizadas. Fazendo analogias entre o estudo das redes tecnocientíficas na visão dos Estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade) e o caso brasileiro, onde milhões vivem apartados do que aqui chamamos redes formais, o artigo tenta esboçar caminhos para que esta população, “excluída”, se faça presente e inclua variáveis nas equações que regem os processos formais de nossa sociedade. Nesse sentido, o caso em estudo aponta para uma valorização da inventividade – transformadora, indisciplinada – como ferramenta para que “os 'de fora' entrem”.
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PDFDOI: 10.3895/rts.v4n7.2522
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