Qualificação e organização flexível do trabalho: elementos para um olhar crítico

Geraldo Augusto Pinto

Resumo


O objetivo deste artigo é apresentar um conjunto de proposições críticas acerca das novas exigências de qualificação mediante o avanço da automação microeletrônica e dos istemas de organização flexível do trabalho. Para isso, é feita uma revisão da literatura, em especial da Sociologia, da Economia e da Educação, por meio da qual são analisados aspectos da passagem do sistema de organização taylorista/fordista para o sistema toyotista, no que tange às exigências de escolaridade, de formação profissional e de perfil comportamental dos trabalhadores. Os resultados mostram que, embora haja elementos positivos, como a ampliação da autonomia dos agentes nos locais de trabalho e a necessária elevação da escolaridade, há, contudo, saldos negativos, como a emergência do desemprego estrutural e da informalidade, seguidos por uma intensificação de atividades e responsabilidades aos trabalhadores mantidos empregados, o que recoloca em novos patamares de reflexão, um conflito histórico entre as classes sociais no capitalismo.

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DOI: 10.3895/rts.v4n6.2512

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