Maragatos dos Campos Gerais: razões que levam alguns setores da sociedade paranaense a aderir à Revolução Federalista

Rafael Augustus Sêga

Resumo


O presente artigo procura trazer luz sobre a importância da Revolução Federalista na história do Paraná. Quando a República brasileira foi instalada, no Rio Grande do Sul preponderou o ideal positivista. A constituição estadual gaúcha (elaborada pelo governador Júlio de Castilhos - indicado pelo governo provisório) estabelecia um jogo perverso de poderes, um Executivo centralizador, um Legislativo restrito a examinar a aplicação das verbas do orçamento e um Judiciário subordinado ao Executivo; este poderia ser reeleito irrestritamente. Com a deposição do Marechal Deodoro, Castilhos procurou conquistar a simpatia de Floriano, preparando uma perseguição aos federalistas, liderados por Gaspar da Silveira Martins, ex-ministro do Império. A reação veio em forma de luta armada, que atingiria os três Estados do sul do País. De um lado os federalistas, ou “maragatos”, e de outro os castilhistas, ou “chimangos”, com o reforço das tropas federais (“pica-paus”). Com o apoio dos revoltosos “da Armada” a favor dos federalistas, a luta recrudesceu. Os combates continuaram até agosto de 1894, quando o líder guerrilheiro Gumercindo Saraiva morreu em combate. A partir daí, as forças federais somaram vitórias e desbaratam os focos maragatos. No Paraná, o governador Vicente Machado transferiu a capital para Castro, deixando Curitiba à mercê das forças rebeldes, que acabaram invadindo-a e exigindo um resgate para não saquear & cidade, a missão de juntar o dinheiro foi levada a cabo por Ildefonso Pereira Corrêa, O Barão do Cerro Azul, mais tarde assassinado. O escopo dessa publicação é tentar explicar o porquê das razões que levaram alguns setores da sociedade paranaense a aderir ao lado dos federalistas.


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