O nível de categoria de ensino pode influenciar na prevalência de fatores de risco cardiovasculares de professores?
Resumo
OBJETIVO: Comparar o risco cardiovascular entre os professores da educação básica (pública e privada) e do ensino superior de Viçosa/MG.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional com delineamento transversal. A amostra foi composta de 495 professores (145 da educação superior, 200 da educação básica pública e 150 da educação básica privada). Foram avaliados o índice de massa corporal (IMC), a relação cintura quadril (RCQ), o percentual de gordura corporal (%GC), a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), a glicose, o colesterol total (CT) e os triglicerídeos. O Odds Ratio (OR) foi utilizado para determinar a força de associação entre os fatores de risco de acordo com o grupo de professores.
RESULTADOS: Em relação à prevalência dos fatores de risco cardiovasculares foi encontrado que os professores da educação básica pública obtiveram as maiores porcentagens (diabetes mellitus, obesidade, hipercolesterolemia e hipertensão arterial), exceto para sobrepeso. O sobrepeso apresentou-se maior entre os professores do ensino superior. Ambos os professores da educação básica apresentaram maior risco de obesidade (pública: OR=2,54; p=0,008; privada: OR=2,43; p=0,017) e hipercolesterolemia em professores da escola pública (OR=3,94; p=0,006), em relação aos professores da educação superior.
CONCLUSÕES: Os professores da educação básica pública apresentaram as maiores prevalências dos fatores de risco cardiovasculares. Além disso, indicaram mais riscos de obesidade e hipercolesterolemia em comparação com os do ensino superior.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rbqv.v11n3.9562
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