A Síndrome de Burnout e os níveis de atividade física em policiais militares ambientais de Alagoas, Brasil
Resumo
OBJETIVO: Verificar a relação entre a Síndrome de Burnout e os níveis de atividade física de policiais militares ambientais do Estado de Alagoas.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, realizado no Batalhão de Polícia Militar Ambiental de Alagoas, com 30 policiais de ambos os sexos. Aplicou-se um questionário sociodemográfico, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e o Inventário de Maslach para avaliação de Burnout (MBI). Utilizou-se a estatística descritiva, Odds Ratio (OR) bruto e ajustado com intervalo de confiança (IC) de 95%.
RESULTADOS: Houve um predomínio de indivíduos do sexo masculino, uma frequência superior de militares com carga horária semanal acima de 40 horas semanais, além de que a maioria (66,7%) afirmou que a profissão de policial interfere em suas vidas pessoais. Na análise sobre a Síndrome de Burnout, entre as três fases (exaustão emocional, despersonalização e a satisfação com o trabalho), houve um maior escore para exaustão emocional (M=21,20±6,44DP), que indica altos índices de fadiga. Apesar de exercerem mais de uma atividade laboral, os dados do IPAQ revelou que 60% dos militares foram enquadrados como ativos, o que pode ter uma relação com a não detecção da Síndrome de Burnout. Contudo, não foram encontradas associações significativas das variáveis de estudo com a utilização do OR.
CONCLUSÕES: Não foram evidenciados possíveis casos da Síndrome de Burnout entre os sujeitos investigados. A maioria dos policiais foi classificada como fisicamente ativos, enquanto que os mesmos evidenciaram que há uma necessidade urgente de melhorias nas condições de trabalho oferecidas no serviço militar, o que implicaria diretamente na melhoria da saúde e qualidade de vida desses militares.
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PDFDOI: 10.3895/S2175-08582014000100004
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