Futebol para quê? – Arenas da copa como uma estética pós-desenvolmentista

André Luiz Maranhão de Souza Leão, Bruno Rafael Torres Ferreira, Thiago Ianatoni Camargo, Bruno Melo Moura, Suélen Matozo Franco

Resumo


A construção de novas arenas para a Copa do Mundo 2014 no Brasil suscitou inúmeros questionamentos, sobretudo em relação àquelas apontadas como potenciais “elefantes brancos”, como é o caso do Estádio Mané Garrincha (Brasília), da Arena Pantanal (Cuiabá) e da Arena da Amazônia (Manaus). Com base nisto, debruçamo-nos sobre a seguinte questão investigativa: Quais argumentos constituem os discursos acerca das arenas de Manaus, Cuiabá e Brasília? Para esta finalidade, acessamos três posições discursivas (oficial, da sociedade e da mídia), por meio de uma Análise de Discurso Foucaultiana de entrevistas e observação direta, realizadas in loco, bem como de dados documentais. Encontramos na concepção foucaultiana de estética da existência e na Teoria do Pós-desenvolvimento caminhos para a interpretação dos achados, que convergiram para uma formação discursiva que diz respeito a uma lógica de desenvolvimento que busca, antes de um crescimento em si, uma imagem de modernidade compatível com um parâmetro global.

Palavras-chave


Copa do Mundo Fifa 2014; arenas; estética da existência; Teoria do Pós-desenvolvimento; Análise de Discurso Foucaultiana.

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DOI: 10.3895/rbpd.v7n1.7088

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