Melhorias e perspectivas obtidas com o uso do Galileo no posicionamento GNSS em linhas de base longas
Resumo
Os últimos 50 anos foram marcados por grandes avanços tecnológicos devido às necessidades econômicas, civis e militares da população mundial. Na década de 70, o surgimento do sistema norte-americano denominado como Navstar-GPS (Navigation System Using Timing And Ranging - Global Positioning System) foi responsável por revolucionar o posicionamento e a navegação. Em paralelo, o governo da extinta União Soviética desenvolveu um sistema concorrente ao GPS, denominado GLONASS (Globalnaya Navigazionnaya Sputnikovaya Sistema). À medida que esses sistemas foram aprimorados, outros países começaram a utilizá-los em aplicações de grande relevância, tais como navegação aérea, marítima e mesmo terrestre, além de muitas outras atividades em que o conhecimento da posição se faz necessário. Com o passar do tempo, outros países começaram a investir recursos financeiros para desenvolver e colocar em órbita seus próprios satélites de posicionamento. Desde março de 2018, a constelação da União Europeia, denominada como Galileo, se tornou operante. O Galileo é o primeiro sistema desenvolvido para fins civis a priori. Apesar de ser novo em comparação aos sistemas americano e russo, espera-se que a constelação Galileo forneça uma melhora significativa em sua acurácia para posicionamento, proporcionando maior segurança e qualidade nos produtos obtidos. Nesse sentido, o presente artigo visa avaliar os ganhos e perdas obtidos considerando as componentes das coordenadas no sistema geodésico local, N (norte), E (leste e perpendicular a N) e U (normal ao elipsoide de referência), no posicionamento relativo com linhas de base longas na região brasileira, com a incorporação do sistema Galileo no posicionamento pelo GNSS. Como resultados obteve-se ganhos planialtimétricos de até 25%.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/rbgeo.v10n4.15369
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R. bras. Geom.
ISSN 2317-4285