A construção da "nova" biologia: relações de gênero nos laboratórios do Projeto Genoma da FAPESP

Neide Mayumi Osada, Maria Conceição da Costa

Resumo


Este artigo tem como objetivo analisar a participação de mulheres na produção do conhecimento do Projeto Genoma financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Entre 1997 e 2003, a Fapesp investiu aproximadamente R$ 100 milhões no desenvolvimento do Projeto Genoma FAPESP (PGF), provocando importantes mudanças na Biologia Molecular do Brasil: as instituições de fomento às ciências passaram a privilegiá-la com importantes inversões na área; a bioinformática tornou-se um dos campos mais carentes de profissionais e, por fim, os resultados do Projeto Genoma da Xylella Fastidiosa, primeiro organismo vivo seqüenciado no Brasil, foram publicados em revistas científicas internacionais, incluindo a Nature, tornando-se assim o primeiro país fora da tríade EUA-Europa-Japão a desenvolver projetos genoma. Como conseqüência desse processo, as mulheres perderam espaço enquanto "porta-vozes desta nova ciência", ocupando papéis secundários no projeto.

Palavras-chave


Gênero; Mulher e ciência ; Biologia molecular; Projeto genoma.

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DOI: 10.3895/cgt.v3n11.6165

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