Meninas e mulheres autistas: completar o espectro é uma questão de gênero

Dayana Brunetto, Gesiele Vargas

Resumo


 

O presente artigo questiona em que medida o padrão de práticas sociais e comportamentos, esperado para as meninas e mulheres, tem trazido um prejuízo ao longo dos anos tanto para o campo dos estudos de gênero, quanto para os estudos de autismo. Questiona-se em que medida a menor quantidade de estudos sobre autismo envolvendo meninas e mulheres autistas não foi produzida como uma história interessada na perpetuação do machismo. Esta pesquisa foi realizada em caráter de levantamento bibliográfico, tendo por objetivo evidenciar as diversas ausências da perspectiva feminista de gênero em relação aos aspectos, sintomas e estereotipias do autismo em meninas e mulheres. A partir desta análise é possível perceber lacunas que ainda precisam ser preenchidas e a potência desta perspectiva em provocar questionamentos. A ausência deste tema nos estudos de gênero e do autismo consiste em uma destas problematizações, além de suscitar a crítica à normalização de corpos e práticas, a partir de um olhar feminista para os sistemas de opressão marcados pelo patriarcado.



Palavras-chave


Meninas. Mulheres. Transtorno do Espectro Autista. Gênero. Feminismo.

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DOI: 10.3895/cgt.v16n47.15682

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