Os efeitos de poder produzidos pelo projeto Escola sem Partido na docência
Resumo
Este texto se propõe a investigar os efeitos de poder produzidos pelos regimes de saber-poder (FOUCAULT, 2010) sobre corpo, gênero e sexualidade na educação, instituídos por discursos conservadores, como o do Projeto Escola Sem Partido, sobre a docência. Fundamentada nas teorizações pós-estruturalistas, foucaultianas e estudos de gênero, suspeito que tais efeitos estejam forjando subjetividades docentes que se produzem como sujeitadas e as que se constituem como resistências (FOUCAULT, 1988) às investidas do poder. Essa nova configuração da docência tem produzido também práticas docentes governadas por um pânico moral (COHEN, 1972) que se instala na educação brasileira como uma espécie de reação as conquistas dos movimentos sociais LGBTI e feministas. Interroga ainda sobre possíveis estratégias de produção da docência como cuidado de si (FOUCAULT, 1985; 1995) e prática de liberdade contribuindo para se (re)pensar as práticas para uma vida não fascista no cotidiano das escolas.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/cgt.v13n42.12554
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