É possível ser mãe-aluna? Notas sobre a moralização da gravidez/maternidade e as práticas de cuidado que favorecem a permanência nas instituições de ensino
Resumo
O cuidado com a família é o segundo motivo da evasão escolar de alunas. O objetivo desse trabalho é problematizar como o dispositivo da sexualidade opera as biopolíticas que impedem ou dificultam a permanência das alunas grávidas e mães nas instituições de ensino, deslocando-as para o espaço doméstico. O texto toma como ponto de partida a experiência de duas alunas que deixaram de frequentar a escola durante a gravidez, dando especial atenção aos efeitos do olhar vigilante que as julga, tornando o ficar em casa um lugar de refúgio que as protege dos efeitos da moralização da gravidez Posteriormente, analisa algumas ações de cuidado a partir das organizações coletivas de mulheres que denunciam as violências endereçadas às alunas-mães que resolvem seguir os estudos, e que fortalecem a resistência contra as expulsões compulsórias, produzindo movimentos que institucionalizam o cuidado, impulsionando a elaboração de políticas de permanência dessas alunas nas instituições de ensino.
Palavras-chave
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PDFDOI: 10.3895/cgt.v14n43.11037
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