Programa Ensino Integral e ambientes virtuais: uma relação decisiva para os novos empreendimentos técnico-pedagógicos nas escolas brasileiras
Resumo
Um dos paradoxos da educação básica brasileira se refere ao uso das novas tecnologias para intermediar o conhecimento. Por um lado, considera-se importante introduzir os alunos às teorias e práticas das ciências (humanas, exatas, naturais, linguagens) utilizando ocasionalmente as novas tecnologias (mídias, softwares, dados online) para pesquisa; por outro lado, considera-se dispensável, e até contraproducente, que essas novas tecnologias sejam assimiladas e assumidas pelos alunos como mais eficientes do que os próprios professores, haja vista permitirem o acesso a uma massa dados não confiável e acrítica. Nesse sentido, o paradoxo da educação brasileira se sustenta sobre o embate conhecimento humano x conhecimento tecnológico, que ao nosso ver, é falacioso. Com a introdução gradual da Base Nacional Comum Curricular pensamos que esse embate tende a diminuir, pois estabelece aquilo que já vem sendo realizado com sucesso nas escolas participantes do Programa Ensino Integral. Assim, de acordo com os estudos realizados, pensamos ser possível e recomendado a elaboração de ações multinível: a partir de ferramentas conceituais trabalhadas pelos professores, os alunos podem coletar dados, pesquisas e participar de debates online, criar modelos virtuais de peças, situações e ideias, vinculando as aulas expositivas aos ambientes virtuais.
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