TECNOLOGIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO EM ÂMBITO RURAL (p. 124-141)

Ana Cristina Siewert Garofolo

Resumo


Este artigo discute as políticas governamentais para a educação rural e as tecnologias sociais que estão sendo implantadas no sentido de desenvolver, coletivamente, saberes e conhecimentos, junto aos agricultores, objetivando a organização de empreendimentos economicamente sustentáveis como cooperativas populares, assentamentos de reforma agrária e a garantia de práticas de agricultura familiar que asseguram qualidade de vida e renda. Nas últimas décadas do século XX, mudanças como a informática, a internet, a ocupação acelerada dos espaços, puderam ser observadas em diferentes segmentos da sociedade, o que provocou uma série de alterações nas relações entre os seres humanos e entre estes e a natureza. No setor agropecuário, discussões sobre sustentabilidade passaram a fazer parte do repertório de grupos sociais, em especial dos agricultores, agentes da construção e apropriação de saberes ambientais. O governo lançou a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, institucionalizada pelo Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (DATER), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para trazer para o campo  estratégias de inclusão social. Ela compreende a criação de cursos, de metodologias educativas, de atividades de orientação para os processos produtivos, de opções técnicas e não-técnicas e a introdução de novas formas de trabalho que potencializam o uso sustentável de recursos naturais no campo. No aspecto tecnológico, entraram em cena as tecnologias sociais. No Brasil, a Rede de Tecnologia Social (RTS) conta com mais de 786 organizações, as quais trabalham para organizar técnicas, produtos e metodologias coletivas que possam dar assistência aos agricultores.

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