Controle pós-colheita da antracnose em banana tratadas com óleos essenciais

José Henrique de Carvalho, Keidima Leite, Gabriela Silva Moura, Lisandro Tomas da Silva Bonome, Gilmar Franzener

Resumo


A antracnose causada por Colletotrichum musae é uma das principais doenças
pós-colheita na cultura banana. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito
de óleos essenciais (OE) de diferentes espécies vegetais no controle da antracnose em
frutos de bananas cv. Caturra e Prata. Os frutos foram desinfestados com hipoclorito de
sódio 0,5%, e inoculados com suspensão de 1x10 5 esporos/mL através de ferimentos
em três regiões equidistantes. Os tratamentos utilizados foram: capim-limão
( Cymbopogon citratus ), canela casca ( Cinnamomum verum ), cravo botão ( Eugenia
caryophyllata ), erva cidreira ( Melissa officinalis ) e hortelã pimenta ( Mentha piperita ) na
concentração de 0,1% mais a testemunha água destilada. Os frutos permaneceram por
seis dias sob condição ambiente a 25 ºC. Para o teste de germinação de conídios
adicionou-se 40 L de cada OE e 40 L da suspensão de conídios. Após 18 horas a 22
± 2 ºC, a germinação dos conídios foi paralisada com 20 L de lactofenol. O experimento
foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro
repetições. Houve redução da severidade da antracnose para os frutos de banana cv.
prata e caturra tratadas com OE de erva cidreira de 26,79% e 22,69%, respectivamente
em relação a testemunha. Maior redução da área de lesão foi observada para o OE de
hortelã de 30,71% em relação a testemunha em frutos de banana cv. prata. O OE de
canela inibiu a germinação de esporos, com controle de 98,49%, quando comparado
com a testemunha. Os resultados demonstram potencial dos OE no controle da
antracnose em pós-colheita de banana.


Palavras-chave


Controle alternativo; vida de prateleira, Colletotrichum musae

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