Extrato etanólico de própolis na qualidade pós-colheita e no controle de Botrytis cinerea em uva

José Henrique de Carvalho, Keidima Leite, Gabriela Silva Moura, Lisandro Tomas da Silva Bonome, Gilmar Franzener

Resumo


O mofo cinzento, causado por Botrytis cinerea, é uma das principais doenças na pós-colheita da uva. Métodos alternativos vêm sendo testados no controle de patógenos pós-colheita em frutas. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar o extrato etanólico de própolis (EEP) na qualidade e controle do mofo cinzento na pós-colheita de uva. As bagas foram desinfestadas com hipoclorito de sódio 0,5% por 2 minutos. Após secos, realizou-se dois orifícios de 1 mm de diâmetro e 3 mm de profundidade próximo ao pedúnculo. Em seguida, as bagas foram imersas nas concentrações de 0, 0,5%, 1% e 2% do EEP por 2 min. Após 2 h, 15 µL da suspensão com 1x105 conídios/mL de B. cinerea foram adicionados em cada orifício. As bagas foram mantidas em caixas gerbox, contendo papel mata borrão, sob condições ambiente 25ºC e umidade relativa 90 ± 5%. Após quatro dias avaliou-se incidência e severidade da doença. Para a qualidade pós-colheita foram realizadas avaliações de sólidos solúveis totais SST (%), pH, e acidez titulável AT (%). Foram utilizadas quatro repetições por tratamento com nove bagas cada. Os dados foram avaliados pelo teste de Tukey a 5%. Não houve diferença significativa entre tratamentos para a avaliação da severidade. Em relação a incidência houve maior valor a 0,5% de EEP, o de menor valor foi a 0%. Quanto as análises químicas houve redução no teor de SST e aumento na AT com o aumento na concentração do EEP, indicando possivelmente o retardo no processo de maturação da uva pelo EEP.

Palavras-chave


Incidência, Mofo cinzento, Sólidos solúveis totais

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