Tipos e concentrações de citocininas no estabelecimento in vitro de mirtileiro Delite

Marino Schiehl, Carolina Smanhoto Schuchovski Augusto, Luiz Antonio Biasi

Resumo


A produção de mudas do mirtileiro é realizada pela estaquia de ramos herbáceos ou pela micropropagação. Este trabalho teve por objetivo testar quatro tipos de citocininas em diferentes concentrações no estabelecimento in vitro do mirtileiro Delite. As citocininas utilizadas foram: zeatina (ZEA), 2-isopenteniladenina (2iP), 6-benzilaminopurina (BAP) e cinetina (CIN). As concentrações foram: 0; 2,5; 5; 10; 20; 30; 40 e 50 M. Os explantes foram brotações oriundas de estacas lenhosas mantidas em sala de crescimento climatizada. O meio de cultura utilizado foi o WPM modificado. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial (4 x 8) com 4 repetições e 10 explantes por parcela. Houve interação entre os tipos de citocininas e as concentrações. A oxidação dos explantes foi elevada com CIN, resultando numa baixa taxa de sobrevivência. Com as demais citocininas houve um aumento da sobrevivência com o aumento da concentração, sendo ZEA e 2iP superiores a BAP. A porcentagem de brotação foi elevada com ZEA já nas concentrações mais baixas, sendo de 96,4% com 5 M. O 2iP apresentou uma regressão linear com aumento da brotação até atingir 95% com 50 M. A BAP também apresentou uma regressão linear, mas atingindo apenas 7,5% de explantes brotados com 50 M. A ZEA também foi mais eficiente quanto ao número de brotos por explante, número de folhas por explante e comprimento das brotações, principalmente em concentrações menores do que as demais citocininas. Recomenda-se o uso de 5 M de ZEA no estabelecimento in vitro do mirtileiro Delite.


Palavras-chave


Vaccinium ashei; Micropropagação; Reguladores vegetais

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