Estádio de desenvolvimento do balão floral e concentração de sacarose na germinação de pólen de Guabirobeira (Campomanesia xanthocarpa)

Alexandre Hack Porto, Karina Guollo, Américo Wagner Júnior, Giorgia Lucini, Adriana Dallago

Resumo


As análises sobre a germinação de pólen in vitro são primordiais para o planejamento de cruzamentos dirigidos ou para o fomento de novas pesquisas relacionadas ao melhoramento genético e aos estudos para melhor conhecimento da biologia floral de qualquer espécie. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação de grãos de pólen de guabirobeira, em função do estádio de desenvolvimento dos balões florais e da concentração de sacarose no meio de cultura. Anteras foram obtidas de flores em pré e pósantese, sendo em seguida desidratadas em câmara com sílica (±25 °C) por 72h para liberação do pólen. O meio de cultura utilizou-se variações nas concentrações de sacarose (0, 5, 10, 20 e 30%) e adicionando-se 1% de ágar. O pólen em meio de cultura disposto nas lâminas, permaneceu em caixas tipo gerbox®, dentro de estufa (25 °C) por 24 horas. Adotou-se DIC em fatorial 2 x 5 com 4 repetições, com dois anéis por parcela. Os dados foram submetidos a teste de normalidade de Lillierfors, seguido pela análise de variância e de regressão. Houve interação significativa entre os fatores com comportamento quadrático para os dois níveis do estádio fenológico (pré e pós-antese). Ao se utilizar pólen de flores em pós-antese e 19,84% de sacarose, foi possível obter 95,6% de germinação. Já quando utilizado pólen de flores em pré-antese, utilizando-se 31,53% de sacarose reduziu-se para 19,88% de germinação. Recomenda-se a obtenção de grãos de pólen de flores em pós-antese, e utilização de 19,84% de sacarose no meio de cultura.

Palavras-chave


Guabiroba, Myrtaceae, fruta nativa, biologia floral

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