Caracterização espectroscópica de solos sob adição de resíduos

Aline Savi, Renan Augusto Weschenfelder Tavares, Nathalie Merlin, Anne Raquel Sotiles, Larissa Macedo dos Santos

Resumo


O tratamento de esgoto nas propriedades rurais é de suma importância para a manutenção da qualidade de vida das pessoas que habitam estes locais. Várias técnicas de tratamento vêm sendo estudadas e vê-se a necessidade de uma destinação adequada para o efluente gerado pelas mesmas. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos da adição do efluente de fossa séptica biodigestora, sobre um solo cultivado sob sistema de plantio direto, por meio de técnicas espectroscópicas. Para isto foi realizada a caracterização da fração ácido húmico, obtida após a extração dos solos segundo a metodologia sugerida pela Sociedade Internacional de Substâncias Húmicas. As técnicas espectroscópicas utilizadas foram o infravermelho com transformada de Fourier e a absorção de luz na região do UV-visível, as quais possibilitam inferir sobre o grau de aromaticidade e humificação da matéria orgânica. Os resultados obtidos por infravermelho mostraram que a adição do efluente de fossa séptica biodigestora não promoveu alterações qualitativas nas características estruturais da matéria orgânica do solo, apesar do espectro do efluente apresentar-se bastante distinto dos espectros dos solos. A espectroscopia de infravermelho também permitiu identificar os grupos funcionais presentes na matéria orgânica do solo e no efluente. Os resultados obtidos por meio da espectroscopia de absorção de luz na região do UV-visível indicaram maior grau de humificação para a amostra de AH extraída do solo sem a adição do efluente, contudo não foi possível observar um comportamento gradual em função dos tratamentos por meio desta técnica.

Palavras-chave


Absorção de luz ultravioleta visível; ácido húmico; infravermelho com transformada de Fourier; fossa séptica biodigestora

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