POTENCIAL DA TORTA DE SOJA EXTRUSADA COM ALTO TEOR DE ÓLEO TRATADA OU NÃO COM ANTIOXIDANTE NA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS
Resumo
Diversos fatores afetam os grãos, tortas e farelos durante o período de armazenamento, mas os mais importantes são a umidade, a temperatura dos grãos e ambiente em que são armazenados. Sendo assim, este experimento avaliou a estabilidade oxidativa da torta de soja extrusada (TSE) tratada ou não com 500 ppm de butil-hidroxitolueno (BHT), bem como o valor nutricional e consequente potencial para ser utilizado na nutrição de ruminantes. Após extrusão em prensa a frio, 300 kg da TSE (43,24 PB e 7,82 EE) foi dividido em dez partes iguais, sendo uma não tratada (controle) e as demais tratadas com BHT em diferentes tempos de armazenamento (nos dias 0, 7, 14 e 21: BHT/0, BHT/7, BHT/14 e BHT/21 respectivamente), sempre em duplicata, totalizando 10 sacos de 30 kg. As amostras da TSE foram armazenadas em ambiente diariamente monitorado e a estabilidade oxidativa foi acompanhada por meio do índice de acidez, determinados semanalmente. No 14 dia de análise as tortas com ou sem BHT rancificaram e o índice de rancidez do farelo com ou sem BHT aumentou com o tempo de armazenamento. As TSE nos diferentes tratamentos não apresentaram variação quanto ao valor nutricional no decorrer do tempo de armazenamento, com teores de proteína bruta acima de 41% e extrato etéreo entre 7,6 a 8,42%. A utilização do BHT não foi eficiente no controle da rancidez oxidativa e trabalhos in vivo são necessários para avaliar a possibilidade e limites de uso na nutrição de ruminantes.