EMISSÃO DE C-CO2 EM SOLOS DE REGIÃO DE CLIMA TROPICAL E SUBTROPICAL: UM ENSAIO DE INCUBAÇÃO POR LONGO PERÍODO

Juliane Zuffo dos Santos, João Carlos de Moraes Sá, Clever Briedis, Daiani Hartman, Rafael Schimiguel

Resumo


O objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução da respiração do solo e sua relação com o C oxidado visando quantificar o C perdido durante 10 meses de incubação. O experimento foi conduzido em laboratório, com amostras coletadas em experimentos de Ponta Grossa (PG), Londrina (LDN) e Lucas do Rio Verde (LRV). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em fatorial 3x4, com três repetições. Os fatores foram: por três profundidades (0-20, 20-40 e 40-100 cm), e quatro níveis de C (0, 6, 12, 24 Mg ha-1). Cada tratamento foi incubado por dez meses. Em intervalos predeterminados foi feito a determinação da respiração basal do solo. Após o período de incubação, houve uma resposta positiva nas emissões de C-CO2 devido as adições crescentes de resíduos vegetais, variando de 414 (LRV, camada de 40-100, adição de 0 Mg ha-1) a 6563 mg  kg-1 (PG, camada de 0-20, adição de 24 Mg ha-1). Houve uma relação linear positiva entre o conteúdo de C inicial das amostras com a emissão de C-CO2. Em todos os locais e camadas houve uma taxa de efluxo de C-CO2 muito elevada nos primeiros dias de incubação, ocorrendo a estabilização ao longo do tempo. Relacionando o C oxidado com as emissões de C-CO2 de todos os locais e camadas, encontramos uma relação linear positiva muito forte. Com isso, concluímos que os efluxos totais de C-CO2 no solo estão diretamente relacionados as adições de resíduos ao sistema e ao conteúdo de COS.


Palavras-chave


respiração do solo, carbono do solo, adição de resíduos

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