INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM CAPRINOS LEITEIROS COM SÊMEN RESFRIADO POR 24 OU 48 HORAS

Pedro Henrique Nicolau Pinto, José Antonio de Freitas, Felipe Zandonadi Brandão, Veridiana Lourença de Souza, Jeferson Ferreira da Fonseca

Resumo


Objetivou-se, avaliar a viabilidade da utilização do sêmen caprino diluído em meio tris-gema 2,5% resfriado a 5°C e armazenado por diferentes períodos (24 ou 48 horas). Foram inseminadas por via transcervical 133 cabras sem raça definida e nativas da República de Cabo Verde, divididas aleatoriamente em dois tratamentos T24 e T48. O estro foi sincronizado com a utilização de esponjas intra-vaginais contendo 60 mg de acetato de medroxiprogesterona por seis dias; 37,5 g de D-cloprostenol e 200 UI de eCG 24 horas antes da retirada da esponja. Foram utilizados três reprodutores da Raça Canárias. Para resfriar e manter o sêmen a 5o C foi utilizado o Botutainer® (Biotech Botucatu, Reprodução Animal, Botucatu - SP) adaptado. Não houve diferença (P > 0,05) entre os padrões seminais para os diferentes períodos de resfriamento (T24 - 58,8% ± 11,1 de motilidade e 2,9 ± 0,5 de vigor; T48 - 51,3% ± 2,5 de motilidade e 2,8 ± 0,3 de vigor), o que permitiu obter taxas de parição similares em ambos os tratamentos (T24 - 26,5% e T48 - 21,5%). A eficiência dos protocolos testados permitiu a disseminação de genética caprina na República de Cabo Verde. Conclui-se que o sêmen caprino, resfriado por 48 horas a 5ºC, tem o mesmo potencial de fertilização do sêmen resfriado por 24 horas a 5ºC.


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