O USO DO EUCALIPTO EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS COMO ALTERNATIVA DE RENDA E SUPRIMENTO DA PEQUENA PROPRIEDADE NA REGIÃO SUDOESTE DO PARANÁ

Driéli Aparecida Reiner, Edson Roberto Silveira, Marcia Sayuri Szabo

Resumo


A Região Sudoeste do Paraná é constituída essencialmente por pequenas propriedades, sendo que a viabilidade da agricultura familiar pode estar na diversificação de sistemas de produção onde existe mais de uma atividade para geração de renda agrícola e autoconsumo, sistema este que integra a produção animal, de grãos e da atividade florestal. O cultivo florestal surge como alternativa para a diversificação, sendo que ajuda no equilíbrio ao meio ambiente, contribui para o desenvolvimento sustentável da região, melhora a biodiversidade dos agroecossistemas e ao mesmo tempo contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e de suas famílias. Quando se estabelece o povoamento florestal em uma área agrícola, a definição do espaçamento inicial é uma das decisões mais importantes, pois tem influência marcante na produção e na a qualidade da madeira a ser produzida. Este trabalho objetivou analisar a dinâmica de crescimento de Eucalyptus dunnii diante diferentes espaçamentos no plantio na região sudoeste do Paraná. Sendo conduzido na área experimental do curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, campus de Pato Branco. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso com três repetições e quatro tratamentos. A finalidade do trabalho foi verificar a resposta do diâmetro e altura de plantas de Eucalyptus dunnii perante quatro diferentes arranjos de plantio, 3 x 3 m, 3 x 2 m, 2 x 2 m e 1,5 x 1,5 m. O plantio das mudas foi realizado em 2008, sendo feitas avaliações anuais. A análise dos resultados permitiu as seguintes conclusões: até os 24 meses de idade as variáveis diâmetro a altura do peito (DAP), altura de plantas e volume por planta não mostrou diferença significativa, apenas mostraram uma tendência de aumento do DAP, altura e volume por planta à medida que maiores arranjos de plantio são utilizados. Porém no terceiro ano de avaliação, observou-se que não houve diferença significativa para a altura, porém analisou-se uma diferença significativa para a DAP, aumentando tanto quanto maior o espaçamento. Já para a variável DAP houve diferença significativa entre os tratamentos no terceiro ano avaliado, sendo maior para os espaçamentos menos adensados, proporcionando um maior volume por planta, mas esse maior DAP e maior volume por indivíduo, não superou o volume por hectare que se observou nos espaçamentos mais adensados, devido ao maior número de árvores em uma mesma área que os menores arranjos acomodam.

Palavras-chave


Espaçamento; Pequena propriedade; Eucalipto

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